domingo, 25 de março de 2012

Alicerces Frágeis.

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Um acervo de imagens que se dissolvem.
Num instante, quase palpáveis, no minuto
seguinte, inatingíveis.
É esse ambiente pouco iluminado que me traz
essas lembranças, como se brincasse comigo.

Dias apagados, quase esquecidos na minha memória fraca.
Construções que desmoronam diante dos meus olhos... 


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quinta-feira, 8 de março de 2012

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Há doze anos cultivando esses “caderninhos de sonhos”, nunca me ocorrera que fosse “me envolver de forma tão intensa com a palavra” – a palavra escrita.
Uma espécie de maldição!

Nas últimas semanas venho sonhando com um mundo que não fosse construído apenas de despedidas e ausências – é necessário não perder a consciência de que ele não existe.
Depois desse breve fragmento de eternidade tateando no escuro, enfim é possível enxergar qualquer coisa disforme nesse nevoeiro persistente – antes isso do que nada.
Um “vir-a-ser” é infinitamente mais esperançoso do que a imensidão do nada.
Já te visitou a sensação cretina de ter feito as escolhas erradas a vida inteira?
As mínimas, imperceptíveis, invisíveis coisas que você não fez. O café que você não tomou àquela tarde, a visita que você não fez, a palavra que você não disse... Por que não disse?
Que estupidez!
Noites mal-dormidas. Esse maldito processador 286 genuinamente defeituoso, insiste em me importunar com as informações mais descabidas às três da manhã. É impossível fazê-lo parar. Impossível tornar a dormir algum dia..
O mundo é um conto: INSÔNIA!

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domingo, 28 de agosto de 2011




"...
Eu era a soma de todos os erros: bebia, era preguiçoso, não tinha um deus, idéias, ideais, nem me preocupava com política. Eu estava ancorado no nada, uma espécie de não ser. E aceitava isso. Eu estava longe de ser uma pessoa interessante; dava muito trabalho. Eu queria mesmo era um espaço sossegado e obscuro pra viver a minha solidão. Por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo e não conseguia nada. Um tipo de comportamento não se casava com o outro. Pouco me importava..." (Mulheres -Bukowski)


Sô doida por ele.

sábado, 13 de agosto de 2011




- Não sei quantos desses mil demônios nasceram comigo, quantos eu adquiri, escrever é uma forma de libertá-los.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

E a matina é longa,
o sono escasso
e o som eterno.


"If you lose your money, great God, don't lose your mind..."








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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

E o trecho que me persegue...

"... A luz que havia era a do cigarro, que me fazia desviar os olhos de um lado para outro. Não podia deixar de olhá-la. Às vezes me entorpecia, e a luz ia diminuindo, cobria-se de cinza. De repente despertava sobressaltado: parecia-me que, se o cigarro se apagasse, alguma desgraça me sucederia. E entrava a fumar desesperadamente, e soprava a cinza. IMPOSSÍVEL DORMIR..."


O corpo que não tolera a posição horizontal...


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terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma sucessão de merdas.



"... É verdade que tenho o cigarro e tenho o álcool, mas quando bebo demais ou fumo demais, a minha tristeza cresce. Trizteza e raiva..."

(Angústia, p. 20)










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