domingo, 25 de outubro de 2009

O corpo inteiro lesionado.


"Eu não quero ver você cuspindo ódio.

Eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor.

Eu não quero ver você chorar veneno.

Não quero beber o teu café pequeno.

Eu não quero isso, seja lá o que isso for."



A vontade de escrever brota das feridas que vejo no corpo dele, penso no quanto deve ser doloroso carregar essas pequenas chagas,além do prejuízo estético,é claro.





"Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga.
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga.
Eu não tenho renda pra descolar a merenda,
cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda.
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto.
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto.
Nada vem de graça nem o pão nem a cachaça,
Quero ser caçador ando cansado de ser caça"
...

sábado, 17 de outubro de 2009

Espaço vazio!




"Eu olho para as pessoas e não vejo nada que valha a pena gostar, aí me dá vontade de ganhar mais dinheiro, pra me livrar de todo mundo."

- Sangue Negro.





Não tolero mais o vazio dos dias, os aborrecimentos, os desafetos, os dessabores.
Não suporto mais a quantidade absurda de coisas inúteis que tenho por fazer. Perder minutos preciosos (irrecuperáveis) com qualquer atividade desagradável, desinteressante.
Não entendo as sucessivas mediocridades que me esbarram costumeiramente.

E nada disso tem a ver com o que queria escrever inicialmente.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Já disse que não quero nada!



Trânsito caótico. Dezenas de carros fervilhando nas ruas, logo no início da manhã.Os mesmos garotos no sinal, com as mesmas caras inexpressivas.Desejo estar em outro lugar (desejo sempre estar em outro lugar),e por alguns minutos me perco em uma confusão de pensamentos: "meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim."Em pouco tempo, a realidade me devolve ao desconforto do coletivo lotado de "mercadorias".